Burle Marx é a estrela no Jewish Museum em Nova York
O que os jardins do Instituto Moreira Sales, a orla da Avenida Atlântica e o aterro do Flamengo têm em comum? O famoso paisagista brasileiro Roberto Burle Marx. Ele é a estrela da recém-inaugurada exposição em Nova York, no Jewish Museum, na Quinta Avenida. Esta é a primeira retrospectiva do artista na cidade desde 1991. “Roberto Burle Marx: Um modernista Brasileiro” fica em exposição até o dia 18 de setembro. A mostra conta com cem objetos para cobrir a trajetória do artista, que morreu em 1994. Como não seria possível expor seus jardins vivos, a curadoria optou por expor objetos como maquetes, desenhos, tapeçaria e joias. Entre seus grandes feitos, está o parque do Aterro do Flamengo, inaugurado em 1965. Segundo uma das curadoras, Claudia Nahson, ele “criou espaços verdes em que é possível ignorar o automóvel”, considerando que a área tem um tráfego intenso. Além disso, na década de 1960, ele já denunciava a devastação da Amazônia, inclusive em palestras no exterior. Burle Marx era filho do judeu-alemão Wilhelm Marx e da católica brasileira Cecília Burle. A última exposição sobre o trabalho do artista em Nova York foi em 1991, no Museu de Arte Moderna. Só que aparentemente ela não chamou muito a atenção do público, talvez porque para muitas pessoas ainda seja difícil considerar jardins uma arte. Espera-se que esta exposição conquiste o público e dê o devido valor a este artista brasileiro.