Projeto Raízes da Mãe Terra
A Tribo Fulni-ô chega ao Rio e participam dos eventos da Rio 2016 através do projeto Raízes da Mãe Terra. Os índios estão escalados para os próximos capítulos da novela “Velho Chico” da Rede Globo. Também participarão do clip que concorre para o enredo da escola de samba Beija Flor/2017. https://youtu.be/pXkAH6vjyQU
Os Fulni-ô também conhecidos como carnijó e formió são grupo indígena que habita próximo ao rio Ipanema, no município de Águas Bela no estado de Pernambuco/Brasil. Da etnia, descende um dos maiores ídolos da história do futebol brasileiro: Mané Garrincha e a tenista Teliana Pereira.
A Tribo Fulni-ô é o única grupo indígena do Brasil que conseguiu manter viva e ativa sua própria língua (iatê), assim como rituais que atualmente realizam no maior sigilo. Com a missão de mostrar o mundo a cultura dos índios, eles produzem um artesanato riquíssimo e muita sabedoria em suas danças e pajelanças. Um projeto extremamente cultural, não envolvendo nenhuma forma de credo ou religião.
O grupo surgiu através de um reagrupamento de diversos povos indígenas que habitavam naquela região. Documentos indicam que, desde a década de 1700, os índios daquela região enfrentam problemas com a ocupação não indígena da região. A distribuição de terras no Brasil, a partir das capitanias hereditárias, serviu como um mecanismo de dispersão de populações nativas, como ocorreu por exemplo, nas terras interioranas de Pernambuco. Os índios Fulni-ô resistiram a ocupação não indígena, mantendo até hoje por exemplo, o ritual do ouricuri.
Em contato com diversas instituições governamentais de ensino e espaços cedidos pela iniciativa privada em diversas regiões do país, nasceu a ideia de criar canais de diálogos voltados ao público infantil, jovem e adulto como forma de sensibilizar as pessoas, e assim resgatar verdadeiros valores da nossa historia e a sabedoria ancestral que reside em cada um de nós.
Na abertura, fazem apresentações em português, narrando a historia de sua tribo para depois iniciar os cânticos. Em seguida os cânticos, se abre espaço para pintura corporal das crianças.